domingo, 30 de março de 2014

GALARDÃO

OS LOUROS DA DEDICAÇÃO


No dia 28 de março de 2014, no Condomínio Maçônico Demerval de Souza Barros, no Oriente de São Cristóvão, a Loja União e Progresso nº 41 sob o comando do Venerável Mestre Irmão Milton Zirretta realizou uma Sessão Magna de Iniciação de dois candidatos: Wendel Percu Guerra e Alexandre Figueiredo.
A condução dos Iniciandos foi feita pelos Irmãos Alberto Mendes e Tadeu Travassos, respectivamente Experto e Mestre de Cerimônias. Presentes ao ato estavam os Irmãos Naruê Santos de Brito da Loja Perseverança e Harmonia 183, que é Grande Secretário de Relações Exteriores Adjunto da GLMERJ.
Ainda contamos com as presenças dos Irmãos: Samuel Oliveira da Silva, Comp. Maçom da Loja União de Iguassú nº 1.062 do Oriente  de Nilópolis, do Irmão Sebastião Telles Filho, M.M. da Loja Verdadeira Amizade 2366 – GOB, do Oriente de Além Paraíba, MG e do Ir. M.M. Leio Serra.

O Irmão Naruê Brito, em nome do Sereníssimo Grão-Mestre deu as boas-vindas aos novos Irmãos desejando sucesso e pleno êxito em suas expectativas e parabenizou a Loja na pessoa de seu Venerável Mestre.

O 1º Vig. Irmão José Marques estava orgulhoso por receber dois novos Irmãos em sua coluna, assim como também estavam orgulhos os Decanos da Loja,  Irmãos Airton Miranda e Diávelo Lecy, por verem mais uma semente plantada na Loja.
Encerrados os trabalhos litúrgicos, foram recepcionados os convidados, esposas e parentes dos recém iniciados e a Presidente do Depto. Feminino da Loja, Cunhada Penha ofertou belíssimos arranjos florais às novas Cunhadas.
Logo após, o padrinho dos Iniciados Ir. Eduardo Percu fez um discurso emocionado sobre seus afilhados, e então o M.M. Irmão Sebastião Gustavo nos presenteou com uma belíssima saudação ao Pavilhão Nacional. Após o encerramento das homenagens, o
Venerável Mestre Ir. Milton convidou todos os presentes para um ágape fraternal – farto e saboroso – servido nas dependências do Condomínio Maçônico.



 

A FLOR DA PAIXÃO

ORQUÍDEA

Por Luciano

Na idade média as plantas só tinham interesse ou valor se pudessem ser consumidas pelos seres humanos ou utilizadas como remédios. As orquídeas, por possuírem dois tubérculos parecidos com os testículos masculinos, eram utilizadas em forma de infusões e chás para estimular a fertilidade das mulheres e dos casais que tinham dificuldades de ter filhos.  Em função desse uso essa bela planta ficou conhecida como “orchis”.
Outro relato interessante e bastante antigo que remete ao amo,r é a Lenda de Nan.
Essa lenda fala de uma princesa muito linda que habitava uma aldeia na China. Ela era tão bela que  despertava a paixão de inúmeros homens. A sua arrogância era proporcional a sua beleza e inúmeros pretendentes chegavam ao seu palácio para pedir a princesa em casamento e eram simplesmente esnobados pela bela mulher.
Num dia chega à aldeia um belo oficial do exército chinês. Ela fica perdidamente apaixonada. Mas para sua infelicidade e castigo o oficial não corresponde a paixão da bela princesa.
Indignada com a desfeita do oficial a princesa procura um mago para acabar com ele. O mago prepara uma poção que deveria ser dado à pessoa que a princesa tanto odiava.
Recebida a poção a princesa arruma um jeito de dar a poção ao jovem militar. Ao tomar o líquido do pequeno frasco  o oficial se transforma numa bela orquídea. Um grande remorso toma conta da bela jovem e ela procura o mago pra reverter o feitiço.

Mesmo implorando o mago disse que não poderia desfazer o feitiço.  Como o mago se recusava desfazer a  magia a bela princesa pede para ser transformada numa orquídea e com isso ficar ao lado do seu amado.
Não sei se foi por causa dessa lenda, mas ter orquídeas na china por muito tempo foi um privilégio da realeza.
A paixão pelas orquídeas continuou ao longo dos séculos e o alto valor conseguido por essas plantas na Europa fez com que floriculturas financiassem expedições pelos quatro cantos do mundo em busca dessas verdadeiras jóias.  A cobiça era tanta que milhares de plantas eram enviadas  para Europa e a maioria morria antes mesmo de chegar ao seu destino, fazendo com que o preço delas subisse muito. Em função disso foi se criando um estigma de planta cara e  de difícil cultivo já que eram poucos que tinham condições de ter essas plantas e cultivá-las adequadamente.
A procura por essas plantas fez com que o gênero chegasse a marca de 35.000 espécies distribuídas entre 200 gêneros. Esse gênero de plantas é o único  que está presente em todos os continentes do mundo exceto nas partes mais geladas da terra. Ainda hoje novas espécies são descritas pela ciência e cultivadas pelos amantes dessas plantas.
Com a descoberta da cultura in vitro (semeadura de orquídeas em frascos) o prazer de cultivar uma orquídea se democratiza. Plantas que antes eram vendidas por verdadeiras fortunas foram sendo disponibilizadas a preços mais acessíveis. Esse sistema permitiu o aparecimento dos híbridos. Os híbridos são o cruzamento entre duas plantas diferentes que acabam produzindo uma planta nova. Com essa técnica o homem já produziu mais de 200.000 híbridos diferentes. Eu mesmo registrei no RHS de Londres dois híbridos. Com esse registro todos que fizerem o mesmo cruzamento terão que colocar o nome escolhido pela pessoa.
Com cores e formas variadas mais e mais pessoas vão se interessando pelo seu cultivo. 
O interesse é tanto que inúmeras associações foram criadas pelo mundo afora com o intuito de agregar os aficionados por essa planta.

No Rio de Janeiro nós temos a OrquidaRio  (WWW.orquidario.org). Essa associação promove 3 exposições anuais. Nos dias 01/05 a 04/05 faremos a nossa trigésima exposição no jardim botânico do Rio de janeiro. Nelas estaremos promovendo diversas atividades relacionadas ao cultivo dessa bela planta. Além das palestras, cursos e brincadeiras para a garotada, temos também uma bela mostra e venda de orquídeas. Mais de 500 plantas floridas estarão a mostra para as pessoas apreciarem e estandes estarão vendendo mudas dessas plantas para quem  sair perdidamente apaixonado por elas.

Um grande abraço e aguardo por vocês lá.
Luciano – Diretor Técnico da OrquidaRio
Email: ramalhorquidófilo 41@gmail. com

quinta-feira, 27 de março de 2014

DEVEMOS AUMENTAR O SENTIDO DE TUDO QUE É BOM A NOSSA VOLTA

INICIAÇÃO 

AUG:., RESP:. e BEN:. LOJA UNIÃO E PROGRESSO Nº 41

O Venerável Mestre Ir. Milton e os obreiros do quadro, convidam todos os Irmãos para cerimônia de Iniciação a ser realizada no Condomínio Maçônico Demerval de Souza Barros, às 19:30 hs do dia 28/03/2014. 
Rua São Luis Gonzaga, 1732 - Oriente de São Cristóvão - RJ
(Lembramos que a sessão é Magna e o traje é social completo na cor preta)

O velho Mestre pediu ao jovem aprendiz que estava triste, que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
-’Qual é o gosto?’ – perguntou o Mestre.
-’Ruim’ – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
-’Beba um pouco dessa água’. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-’Qual é o gosto?’
-’Bom!’ disse o rapaz.
-’Você sente o gosto do sal?’ perguntou o Mestre.
-’Não’ disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
-’A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo que há de bom a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras:
É deixar de Ser copo, para tornar-se um Lago.’

Em nossa Ordem não há mais nada de bom do que iniciarmos mais uma centelha divina em nosso seio, afim de que à Luz da Maçonaria possa o Iniciado: combater a ignorância em todas as suas modalidades, viver segundo os ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica.
Um T:.F:.A:.

INCRÍVEL!!! ARISTÓTELES PASSEANDO EM BRASÍLIA

O que pensaria o célebre filósofo grego da Antiguidade diante do sistema político do Brasil contemporâneo. reconheceria nele as idéias igualitárias da democracia ateniense? 

Não sei se foi por antiga magia ou tecnologia secreta que Aristóteles veio a dar em Brasília. Queria conhecer a nossa Constituição, dizendo ser hábito seu empedernido. Encontrei-o por azar; expliquei-lhe o básico, alguma bibliografia. E recolhi alguns de seus comentários.
     Para ele o nosso sistema político não poderia ser chamado de "democracia" e, de fato, não o é, tecnicamente falando. A palavra designa somente regimes nos quais o povo detém o poder soberano; exercendo-o diretamente em assembléia, sem que tal poder conheça qualquer limite ou contrapeso institucional. Significa literalmente o "poder popular" e sua realização pressupõe a maior igualdade possível de todos perante a lei (isonomia) e quanto ao direito de participar das decisões públicas mediante a fala (isegoria)Tal igualdade fundamental torna impossível a representação política já que esta pressupõe a separação prática e formal entre representantes e representados, entre dirigentes e dirigidos. Assim, qualquer processo de escolha de magistrados, como a votação ou concurso de provas e títulos, não é democrática, pois toma os indivíduos pelas suas diferenças, ranqueando-os em melhores e piores. por isso mesmo, a eleição popular de um presidente ou deputado; a de um juiz concursado, configurar-se-iam aristocráticas (de aristói - os melhores). O único método realmente democrático de seleção, quando não se pode decidir diretamente em assembléia, é o sorteio. Só aí não há discriminação de mérito, preservando-se a igualdade.
     O governo que aqui se vê é uma mescla de oligarquia e democracia, o tipo mais comum de governo constitucional. Não existe nenhum poder ilimitado que subordine os demais; cada qual com sua autonomia e composição definidas pela Constituição.
     Compõem aristocracias o Judiciário e o Legislativo, selecionados seus membros entre os melhores do povo. O Executivo, ainda que por tempo limitado, encarna o princípio da realeza. O único componente democrático do sistema encontra-se nas assembléias periódicas que elegem os magistrados (colégios eleitoras). A este governo misto, Aristóteles chamou de "politia" cuja tradução pelo latim, é "república".
     Contudo o que mais espantou Aristóteles é o estranho hábito que temos de garantir direitos políticos aos escravos. Calma, prezado leitor: custou-me também entender! É escravo por natureza aquele que não quis ou não pode desenvolver o hábito da escolha prudente, tornando-se assim incapaz de prever. Tal indivíduo necessita da direção de outrem não apenas na política como principalmente no trabalho, estabelecendo um laço de benefício mútuo com seu senhor: este planeja e organiza; aquele provê com sua energia. Note que não é o vínculo jurídico a caracterizar a escravidão, mas sua função: fica evidente que o assalariamento é uma espécie de escravidão por tempo! A questão que mais o perturbou foi a da qualidade da escolha de quem é desabituado dela até na direção de sua vida privada.
     Depois de explicar-lhes o mecanismo de seleção de elites de nossa república; das diatribes de nossos sofistas (os marqueteiros); dos movimentos de nossos socialmente poderosos, tudo conspirando para a escolha responsável e melhor, entendeu que eu lhe fazia troça e foi à biblioteca ler nossa história política.

Retirado da revista História viva, ano V - nº 58
Autor: Edison Nunes - professor do 
Departamento de Política 
da Pontifícia Universidade Católica
 de São Paulo 
e do Programa de Estudos
 Pós-Graduados em Ciências Sociais 
da PUC - SP.

terça-feira, 25 de março de 2014

CUIDE MUITO BEM DA SUA ATITUDE MENTAL

Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe: 
- Que tipo de pessoa vive neste lugar?
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? Perguntou por sua vez o ancião. 
- Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz
- Estou satisfeito de haver saído de lá. 
- A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui - replicou o velho.
No mesmo dia, outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe: 
- Que tipo de pessoa vive por aqui? 
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? 
O rapaz respondeu:
- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las. 
- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião. 
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho: 
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta? Ao que o velho respondeu: 
- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

segunda-feira, 24 de março de 2014

A ÁGUIA BICÉFALA


Alguns símbolos adquiriram tal vigor que até o não iniciado sabe que o mesmo se refere à Maçonaria.  A águia bicéfala, representativa do Rito Escocês Antigo e Aceito, talvez seja o símbolo maçônico mais conhecido depois do Esquadro e Compasso e do Delta Luminoso. A águia bicéfala é um símbolo presente na iconografia e heráldica de várias culturas indo-européias e mesoamericanas. Na Europa, procede da águia bicéfala hitita, chegando à Idade Média ocidental através do Império Bizantino. Muitos estados, como o Império Bizantino ou o Império Russo usaram-na em bandeiras, estandartes e escudos. As cabeças da águia mirando para lados opostos representavam o poder e a nobreza exercidos tanto sobre o Oriente quanto sobre o Ocidente, como foi o caso de Impérios intercontinentais, tal qual Bizâncio e a Rússia.
A "Águia de Duas Cabeças de Lagash" é o mais antigo brasão do Mundo. Nenhum outro símbolo emblemático no Mundo pode rivalizar em antiguidade. A sua origem remonta à antiqüíssima Cidade de Lagash. (Lagash é uma das cidades mais antigas da Mesopotâmia. A cidade de Lagash situava-se na Suméria, no sul da Babilônia, entre os Rios Eufrates e Tigre, perto da atual cidade iraquiana de Shatra. Possuía um calendário de doze meses lunares, um sistema de pesos e de medidas, um sistema bancário e de contabilidade, sendo ainda um centro de arte e literatura, tudo isso cinco mil anos antes de Cristo. Envolveu-se numa guerra com outra cidade-estado vizinha, de nome Umma, por causa do controle da água, sendo este o primeiro conflito armado de que se tem notícia tendo como causa o chamado "precioso líquido".)
            No ano 102 a.C., o cônsul romano Marius decretou que a Águia seria um símbolo da Roma Imperial. Mais tarde, já como potência mundial, Roma utilizou a Águia de Duas Cabeças, uma voltada para Oriente e outra para Ocidente, como símbolo da unidade do Império. Os imperadores do Império Romano Cristianizado continuaram a sua utilização e foi depois adotado na Alemanha durante o período de conquista e poder imperial.
            No século XVIII, a maçonaria conhecida como “escocesa” estava se desenvolvendo rapidamente na França. Foi então que, em 1758, surgiu o Conselho dos Cavaleiros do Oriente, dirigido por maçons da classe média, com o intuito de organizar os Graus Superiores. Já os maçons da classe alta e da nobreza, não desejando ficar para trás e deixar os opositores ganharem poder, criaram o Supremo Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente. Ora, um ”Supremo Conselho“ soa mais do que um simples ”Conselho”, “Imperadores” são mais do que simples ”Cavaleiros”, e ”Oriente e Ocidente“ é o dobro do que apenas ”Oriente”! Dessa forma, esse Supremo Conselho conseguiu prevalecer, se tornando a “incubadora” do Rito de Perfeição, com seus 25 graus, os quais posteriormente serviram de base para o Rito Escocês Antigo e Aceito. Quando do surgimento do Supremo Conselho do Rito Escocês em Charleston, EUA, com seu sistema de 33 Graus, aproveitou-se o emblema do Rito de Perfeição, da águia bicéfala com a coroa, acrescentando acima dessa um triângulo inscrito com o número “33”. Além disso, optaram pela típica “águia americana”, com as penas da cabeça e da cauda brancas e o restante da plumagem marrom.
Hoje na maçonaria, a Águia bicéfala tem o significado de Elevação e Coragem  e é o distintivo dos mais altos Graus da Maçonaria filosófica, figurando entre os Símbolos dos Cavaleiros Kadosh e dos Príncipes do Real Segredo. Ela também é o emblema dos Soberanos Grandes Inspetores Gerais e do Supremo Conselho, representando o poder e a superioridade possuída por este alto corpo.


O PAÍS DO TAPINHA NAS COSTAS

     Entrevistado do programa de estreia do jornalista Roberto D'Avila, na noite de sábado, na GloboNews, o presidente do Supremo tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, descartou a possibilidade de ser candidato nas eleições deste ano, falou sobre sua visão com relação à presença de um negro no Supremo e rejeitou a fama de bravo, embora tenha admitido que, por vezes, se arrepende de usar algumas "palavras mais duras".
     "Sou um companheiro inseparável da verdade. Não suporto essa coisa de o sujeito ficar escolhendo palavrinhas para fazer algo inaceitável. E isso é da nossa cultura. Faz-se algo ilegal, mas com belas palavras, com gentileza. Isso é responsável por boa parte das minhas irritações".
     Ao ser perguntado por Roberto D'Avila se não era rude, em algumas ocasiões, Barbosa se justificou: "Tem que ser. O Brasil é o país dos conchavos, do tapinha nas costas, o país onde tudo se resolve na base da amizade. Eu não suporto nada disso". 
     A entrevista, de 48 minutos, também teve perguntas sobre questões raciais. Numa delas, o ministro - que afirmou que o racismo "você sente sempre, em criança e mesmo quando ministro do STF" - disse lamentar o fato de que "pouca gente olha o meu currículo, só vê a cor da pele". Em outra, falou da expectativa que tem sobre a escolha de negros para o Supremo: "Espero que os presidentes saibam escolher bem pessoas para cá, que escolham um negro com naturalidade".
     A especulação sobre uma pretensão a cargo político, ainda nas eleições de 2914, foi negada por Joaquim Barbosa, que deve ficar no STF até novembro.
     "Por enquanto, não. Recebo inúmeras manifestações de carinho, pedidos de cidadãos comuns para que me lance nessa briga, mas não me emocionei com essa ideia", relatou Barbosa.

Reportagem extraída do Jornal Extra em 24/03/2014.