quinta-feira, 8 de maio de 2014

Graus Filosóficos? São Necessários?



A pergunta que não quer calar: 

- Quem continuou a obra da construção do Templo depois da morte do nosso Grande Mestre?

Entre e leia o pequeno texto abaixo e talvez encontre a resposta entre colunas.


Muito tempo hesitei para atender o pedido do meu querido Irmão Alberto Mendes e escrever sobre o tema. A busca da forma de explicar sem revelar segredos jurados guardar, ainda me tolhe e me faz hesitar frente ao medo de faltar com o juramento. Facílimo seria se a recepção fosse garantida atingir somente o grau 3.
Mas vejam, queridos IIr\, nós ingressamos na Maçonaria buscando a formação de um construtor social, para o mundo profano, e de um ser humano perfeitamente alinhado com a Justiça Divina para com o nosso interior.
O que fazemos em nossas reuniões é tentar ressuscitar a vítima de um assassinato.  Sim, meus IIr\, tentamos trazer de volta à vida o Espírito Humano, assassinado por três dos piores males do gênero humano: a Ignorância, a Arrogância (vaidade) e o Preconceito. O Espírito Humano morre a cada dia vítima destes três algozes, e, nós, cada maçom, buscamos trazê-lo de volta, fazê-lo ressurgir.
Reparem então, que, no R\E\A\A\, frente ao conceito de Plenitude Maçônica, se antepõe uma dúvida: Ela é alcançada com a exaltação a mestre?  O trabalho maçônico acabou?
Não, meus IIr\, não acabou.
Não acabou porque o maçom, feito mestre, tem às mãos um cadáver insepulto, cuja morte interrompeu o trabalho que ele vinha fazendo.
Há que se preparar para sepultar com toda a dignamente o cadáver, buscar seus assassinos, justiçá-los e terminar a obra que vinha sendo feita. Obra esta que nunca terminará, pois é a construção de uma cidadela em nosso interior, no coração de cada um de nós, para que, ali, o Espírito Humano, em toda sua grandeza, possa ressurgir vitorioso.
É isso que faz o R\E\A\A\. Ele busca transmitir nos Graus Filosóficos o necessário à formação de um maçom, aí sim, em toda a sua plenitude. Apresentando novas verdades ou reapresentando questões já vistas, simulando a subida de uma escada em caracol, onde, em cada volta, tornamos a ver uma verdade sob um outro aspecto, de forma mais profunda e mais elevada. Deveremos aprender nossos deveres, para com a Pátria, com a Família, conosco e para com Deus, e por que não os deveres de uma pátria com outra?
Ele vai fazer você entrar num labirinto escuro e tenebroso, totalmente desconhecido para assassinar o teu maior inimigo, um monstro, um Minotauro que encarna teus medos, tua ganância e tua vaidade que é você mesmo. Você deve assassiná-lo para na saída encontrar, te esperando, o teu maior amigo, que é você mesmo também.
Porém, não se iludam meus IIr\, o R\E\A\A\ não prepara ninguém para ser bonzinho. Porque o maçom não tem que ser bom. Pois a bondade é um conceito subjetivo, o Bom para um não é necessariamente bom para outro. A bondade está para o objetivo do nosso rito como a Moral está para a Ética. A moral é dos Homens, é passageira, é mutante. Comparem a Moral dos anos cinquenta, para não ir muito longe, com a Moral de nossos dias. A Ética não, ela é dos deuses, é perene e eterna. Assírios, egípcios e gregos admitiram que ela, como a Justiça, apareceu antes dos Homens. Mas, observem, para não haver confusão: a Moral maçônica é viver com Ética e, portanto, é perene também.
Então, meus IIr\, continuando: os graus filosóficos, do 4º ao 33º, estão divididos em 4 etapas que são...
Não! Não, meus IIr\!  Venham e vejam por vocês mesmos. Tudo isto e muito mais.

Um forte e fraternal abraço,

Ir. Marcelo Montani 
Corpos Filosóficos da Maris e Barros


Este singelo e modesto texto bem elaborado pelo querido Irmão Montani, quer, e somente quer, sensibilizar nossos Irmãos Mestres para que a chama interior que promove a eterna busca dos mistérios da Arte Real em cada um, encontre combustível em nossos GRAUS FILOSÓFICOS. 

Um T.F.A.
Com carinho, Ir. Alberto Mendes 

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