A pergunta que não quer calar:
- Quem continuou a obra da construção do Templo depois da morte do nosso Grande Mestre?
Entre e leia o pequeno texto abaixo e talvez encontre a resposta entre colunas.
Muito tempo hesitei
para atender o pedido do meu querido Irmão Alberto Mendes e escrever sobre o
tema. A busca da forma de explicar sem revelar segredos jurados guardar, ainda
me tolhe e me faz hesitar frente ao medo de faltar com o juramento. Facílimo
seria se a recepção fosse garantida atingir somente o grau 3.
Mas vejam, queridos
IIr\, nós ingressamos na Maçonaria buscando a
formação de um construtor social, para o mundo profano, e de um ser humano
perfeitamente alinhado com a Justiça Divina para com o nosso interior.
O que fazemos em
nossas reuniões é tentar ressuscitar a vítima de um assassinato. Sim, meus IIr\, tentamos trazer de
volta à vida o Espírito Humano, assassinado por três dos piores males do gênero
humano: a Ignorância, a Arrogância (vaidade) e o Preconceito. O Espírito Humano
morre a cada dia vítima destes três algozes, e, nós, cada maçom, buscamos trazê-lo
de volta, fazê-lo ressurgir.
Reparem então, que, no
R\E\A\A\,
frente ao conceito de Plenitude Maçônica, se antepõe uma dúvida: Ela é alcançada com a exaltação a mestre? O trabalho maçônico acabou?
Não, meus IIr\,
não acabou.
Não acabou porque o
maçom, feito mestre, tem às mãos um cadáver insepulto, cuja morte interrompeu o
trabalho que ele vinha fazendo.
Há que se preparar
para sepultar com toda a dignamente o cadáver, buscar seus assassinos, justiçá-los
e terminar a obra que vinha sendo feita. Obra esta que nunca terminará, pois é
a construção de uma cidadela em nosso interior, no coração de cada um de nós,
para que, ali, o Espírito Humano, em toda sua grandeza, possa ressurgir
vitorioso.
É isso que faz o R\E\A\A\.
Ele busca transmitir nos Graus Filosóficos o necessário à formação de um maçom,
aí sim, em toda a sua plenitude. Apresentando novas verdades ou reapresentando
questões já vistas, simulando a subida de uma escada em caracol, onde, em cada
volta, tornamos a ver uma verdade sob um outro aspecto, de forma mais profunda
e mais elevada. Deveremos aprender nossos deveres, para com a Pátria, com a Família,
conosco e para com Deus, e por que não os deveres de uma pátria com outra?
Ele vai fazer você
entrar num labirinto escuro e tenebroso, totalmente desconhecido para
assassinar o teu maior inimigo, um monstro, um Minotauro que encarna teus medos,
tua ganância e tua vaidade que é você mesmo. Você deve assassiná-lo para na
saída encontrar, te esperando, o teu maior amigo, que é você mesmo também.
Porém, não se iludam
meus IIr\, o R\E\A\A\
não prepara ninguém para ser bonzinho. Porque o maçom não tem que ser bom. Pois
a bondade é um conceito subjetivo, o Bom para um não é necessariamente bom para
outro. A bondade está para o objetivo do nosso rito como a Moral está para a
Ética. A moral é dos Homens, é passageira, é mutante. Comparem a Moral dos anos
cinquenta, para não ir muito longe, com a Moral de nossos dias. A Ética não,
ela é dos deuses, é perene e eterna. Assírios, egípcios e gregos admitiram que
ela, como a Justiça, apareceu antes dos Homens. Mas, observem, para não haver
confusão: a Moral maçônica é viver com Ética e,
portanto, é perene também.
Então, meus IIr\,
continuando: os graus
filosóficos, do 4º ao 33º, estão divididos em 4 etapas que são...
Não! Não, meus IIr\! Venham e vejam por vocês mesmos. Tudo isto e
muito mais.
Um forte e fraternal abraço,
Ir. Marcelo Montani
Corpos Filosóficos da
Maris e Barros
Este singelo e modesto texto bem elaborado pelo querido Irmão Montani, quer, e somente quer, sensibilizar nossos Irmãos Mestres para que a chama interior que promove a eterna busca dos mistérios da Arte Real em cada um, encontre combustível em nossos GRAUS FILOSÓFICOS.
Um T.F.A.
Com carinho, Ir. Alberto Mendes
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